Montoro, Savarino e Arthur juntos? Davide Ancelotti poderia mudar isso…

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Na temporada passada, o Botafogo se destacou pela imposição física, especialmente no setor ofensivo. A equipe contava com jogadores altos e fortes, como Luiz Henrique, Júnior Santos, Igor Jesus, Eduardo e Tiquinho. Esse perfil físico foi uma das marcas do time, contribuindo diretamente para o estilo de jogo baseado em retenção de bola, duelos físicos e presença ofensiva.

Neste ano, no entanto, o elenco passou por mudanças — algo natural em qualquer clube — e as contratações feitas para o ataque apresentam características bem diferentes. Chegaram atletas como Arthur, Montoro, Santi Rodríguez, Nathan Fernandes e Jordan Barrera, todos com menor estatura e cuja principal virtude não é o porte físico, mas sim a mobilidade e a busca por espaços.

Essa mudança de perfil tem gerado impactos significativos na dinâmica do time. O Botafogo vem enfrentando dificuldades para reter a posse de bola no campo ofensivo, o que afeta diretamente a transição entre defesa e ataque. São jogadores que dependem de espaço para jogar e evitam o contato físico, o que os torna menos eficazes em situações de marcação intensa e disputa por posse.

Quando nomes como Montoro, Savarino e Arthur atuam juntos, o time perde capacidade de sustentação ofensiva. Os três têm qualidade técnica, mas não conseguem segurar a bola sob pressão, perdem duelos físicos com frequência e não oferecem a profundidade que o time demonstrava no ano passado.

Diante disso, pode ser interessante que o técnico reavalie a composição do ataque. Assim como foi feito na última temporada, talvez seja necessário abrir mão de um jogador mais leve para dar lugar a alguém com maior presença física — alguém capaz de atrair marcação, proteger a bola e ajudar na construção ofensiva com mais força e resistência.

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