Botafogo precisa de ajustes

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Inicialmente, vitória é vitória – ainda mais na Liberta. Assim, o Botafogo venceu a LDU, no jogo de ida da Libertadores, pelo placar de 1 a 0.

Logo no apito inicial, o Botafogo mostrou que queria decidir cedo. Em pleno Estádio Nilton Santos, na noite desta quinta-feira, o time precisou de apenas 13 segundos para abrir o placar diante da LDU, no duelo de ida das oitavas da Libertadores 2025. A jogada começou com a pressão de Arthur Cabral, que recuperou a bola, encontrou Alex Telles na esquerda, e o lateral cruzou com precisão para Artur completar e marcar o gol que definiu a vitória por 1 a 0.

O primeiro tempo

Porém, ao longo do primeiro tempo o Botafogo deixou aquela empolgação inicial acabar e o time errou muito. Meio campo errava passes de poucos metros e não conseguiu lançar ninguém. Além disso, Marlon Freitas e Danilo bateram cabeça. Lógico que uma adaptação leva tempo, mas no primeiro tempo os dois se anularam e não conseguiram fazer o Botafogo jogar.

Além do mais, Savarino, Montoro e Arthur não podem jogar juntos em todos os jogos. Comentei sobre isso em post passado e voltar a insistir. São 3 jogadores técnicos, que buscam o meio e precisam de espaços pra jogarem. Contudo, falta imposição física para segurar a bola, falta explosão e drible para quebrar a marcação. Com isso, a LDU, um time extremamente físico, levava vantagens nos duelos e o Botafogo não conseguia sair jogando, uma vez que o ataque não segurava a bola para a subida do time. Nesse aspecto, Arthur Cabral brigava sozinho entre os zagueiros.

O segundo tempo

Na segunda etapa, Botafogo voltou com a mesma equipe e por consequência, viu uma LDU mais organizada e saindo para o ataque. Inevitavelmente, Botafogo continuava sem imposição física, errando passes e sem segurar a bola no ataque.

Davide Ancelotti muda a equipe

Assim, uma das valências do treinador Davide é que ele não espera muito pra mudar a equipe. Desse modo, lançou Joaquim Correia e Matheus Martins no lugar de Montoro e Arthur. Contudo, as mudanças ainda não foram suficientes pra mudar o panorama do jogo, mas quando entraram Allan e Nathan Fernandes, de fato a equipe ganhou mais força no ataque.

Sem dúvidas, Matheus Martins e Nathan Fernandes deram um gás no ataque do time, pois os dois têm como características o drible, a explosão e a imposição física. Após entrada dos dois, Botafogo ficou agudo para os contra-ataques e deu trabalho para a defesa da LDU.

Porém, falta capricho e técnica. Por vezes Joaquim Correia fazia o facão e não recebia a bola de Nathan. Vitinho fazia a ultrapassagem e não recebia o passe. Matheus Martins ficou na dúvida em dois lances se tocava ou chutava a gol.

Mescla entre físico e técnica: a solução?

Por mais que um time com Arthur, Savarino e Montoro ganha em qualidade, contudo falta físico. Por outro lado, com a ausência dos três, não há técnica e criatividade. Desse modo, uma mescla seria interessante e Davide poderia tirar um jogador do trio titular para a entrada de Matheus Martins ou Nathan Fernandes. Esse novo desenho poderia render uma jogada mais aguda, velocidade no contra-ataque e poder de X1.

Apesar dos desfalques, a zaga segue em alta

Por fim, a zaga segue sendo o pilar dessa equipe e ontem mais uma vez provou o seu valor. Na parte defensiva, Vitinho é muito bom jogador, pois fecha bem os espaços e tem muita vontade. Alex Telles também fez uma grande partida, além de contribuir com um passe pra gol. Alexander Barboza fez grande jogo, como sempre. David Ricardo é bom jogador, seguro. Uma pena sair lesionado. Além do mais, Marçal foi bem novamente.

Conclusão

O Botafogo leva para Quito a vantagem mínima, mas a Libertadores cobra ajustes rápidos. Se quiser garantir a classificação, o Glorioso precisa encontrar o equilíbrio entre físico e técnica.

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